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19 de Abril de 2024

Ainda não conseguiu passar em concurso? Descubra o motivo

De maneira geral, o problema está relacionado ao uso do tempo

há 10 anos

Muitos candidatos enfrentam o mesmo drama de um internauta que fez mais de 20 concursos públicos em 3 anos e ainda não conseguiu ser aprovado em nenhum.

Ainda no conseguiu passar em concurso Descubra o motivo


"Em setembro de 2011 pedi demissão de um grande banco brasileiro, onde exercia o cargo de gerente de relacionamento, para estudar para concurso. Minha esposa já é concursada, está grávida e estou na batalha há quase 3 anos. Já fiz mais de 20 mil questões, quase 25 concursos e não consegui classificação. As pressões externas e a sensação de fracasso são o que mais pesa atualmente, e minhas forças e vontades já não são mais as mesmas. Estou realmente pensando em desistir, pois eu mesmo não estou conseguindo mais me motivar. A fila anda... Mas a minha vez não chega. O que faço?", relatou.

Todos sabem que o projeto requer persistência. Aprender os conteúdos e saber fazer as provas não acontece de uma hora para outra. Mesmo no caso de concursos mais complexos, uma pessoa que estuda corretamente pode levar anos para conseguir a aprovação, mas não muitos.

Quando a fila anda e a sua vez não chega, é preciso ter bom senso: você está mesmo evoluindo? Consegue avaliar o que está dando certo e errado na preparação?

De maneira geral, o problema está relacionado ao uso do tempo. A relação custo-benefício tem de ser muito bem cuidada, para que o candidato não fique patinando, em vez de caminhar para a linha de chegada. Veja a seguir os motivos que podem impedir a aprovação.

1) Falta de foco na hora de estudar

Sem uma rotina, o rendimento fica prejudicado. É preciso ter foco para cumprir o plano de estudos. Desligue a televisão e o computador, e coloque o celular no modo silencioso. Se alguém telefonar, evite atender ou diga que retorna depois. Aos poucos, você se acostuma – e os outros também.

Se acontecer algo inadiável que atrase o início do estudo, não deixe para começar no dia seguinte. Comece atrasado mesmo. Se for possível repor o horário perdido, ótimo. Senão, faça um turno menor, mas estude. Resumindo: decida, planeje e cumpra "cegamente". Não deixe os estudos para daqui a pouco ou para amanhã.

2) Questionamentos eternos

A internet é uma excelente fonte de informações, se bem utilizada. Mas há candidatos que se perdem, buscando o material perfeito, a técnica perfeita de estudo, o link “fantástico” com dicas. Isso ocupa um tempo enorme e alimenta a sensação de que sempre falta alguma coisa.

É preferível qualquer estudo, mesmo que não seja com o material perfeito ou com o método perfeito (que, aliás, não existem), do que estudo nenhum.

3) Falta de objetividade

Tem gente que quer aprofundar demais os conteúdos, desde o início, porque nunca acredita que aprendeu o suficiente. Também procura deduzir todas as fórmulas e conhecer a origem dos conceitos. Assim, perde-se em uma infinidade de materiais ou em resumos intermináveis. O estudo não avança e a pessoa nunca chega a saber o mais importante de todas as disciplinas.

Não estou dizendo que basta decorar as informações. Já foi o tempo em que as provas exigiam somente boa memória. No entanto, não é preciso saber tudo de tudo para ser aprovado. Concurso público não é tese de mestrado ou doutorado, não é pesquisa. Na prova, o importante é marcar a opção certa.

Para isso, basta saber bem os principais conteúdos. Aprofundar é algo que vem com o tempo, numa etapa posterior da preparação, e não no início.

4) Ficar preso em “nós” no conteúdo

Pode acontecer de um assunto isolado ser tão difícil de compreender que é melhor simplesmente deixar para lá. Não adianta gastar um tempo enorme tentando entender um ponto muito difícil, desde que não seja base para a compreensão do que vem a seguir. No futuro, talvez seja possível desatar aquele nó específico.

5) Problemas no ritmo de estudos

Eu gosto da analogia da preparação para concurso com a maratona. E sempre digo que é preciso iniciar devagar e manter um ritmo equilibrado e contínuo. Mas há dois aspectos aí que precisam ser cuidados. O ritmo muito lento é aceitável no início, enquanto o candidato se adapta à nova rotina, organiza a vida e trava os primeiros contatos com as matérias. Depois de algum tempo, é importante que o estudo “ganhe corpo”, ou seja, que o ritmo fique mais forte, para que os resultados possam ser percebidos.

Isso gera uma reação positiva, e realimenta a motivação para manter ou até intensificar (se for possível) o passo. O inverso pode causar desânimo, porque a pessoa se esforça, mas nunca chega a perceber resultado no seu patamar de conhecimento. E esforço sem resultado leva à decepção. Daí para a desistência é um pulo.

6) Não acelerar no final

Mesmo depois de construído um ritmo forte de estudo, é preciso saber ainda apertar a tecla “turbo” quando sai um bom edital. Nesse momento, pode ser preciso um ritmo fortíssimo de estudo, abrindo mão de quase tudo o que não seja estudo (mas preservando a saúde).

Isso porque há alguma novidade no edital e, por mais bem preparado que o candidato esteja, será necessário fazer ajustes finais. E, no mínimo, revisar tudo o que já sabe durante as poucas semanas até o dia da prova.

7) Não saber quando fazer as provas

Não adianta querer fazer uma prova antes de ter visto minimamente os conteúdos que serão cobrados. Nesse caso, os dois meses entre o edital e a prova que o candidato vai usar estudando matérias específicas para aquele concurso (com pouquíssimas chances de aprovação) poderiam ser aproveitados para estudar melhor as disciplinas básicas e ter chances maiores no concurso seguinte.

Por outro lado, há pessoas que se preparam com bastante antecedência, mas quando sai um bom edital passam sempre por algum problema e abandonam o estudo por um tempo. O problema é real, claro, mas não seria impedimento suficiente para a pessoa desistir do projeto. Isso dá a impressão de ser autossabotagem, por medo de lidar com a possibilidade de fracasso (ou de sucesso também).

8) Trocar constantemente de área

Como as pessoas são diferentes, há o inverso: aqueles que querem fazer todas as provas e trocam de foco o tempo todo. Com isso, não investem todos os esforços numa só área nem aproveitam o conhecimento de um concurso para outro. Do mesmo jeito, não são aprovados.

Tem gente que sabe muito, mas não consegue ter um bom aproveitamento na hora da prova. Pode ser por fatores emocionais, falta de estratégia de distribuição de tempo ou de atenção aos enunciados. Alguns candidatos tentam a sorte sem nunca ter resolvido em casa uma prova da mesma banca para conhecer o estilo de questões.

Qualquer que seja o motivo, há solução. É preciso identificar a causa para poder aparar a aresta. Há ainda quem vai para a prova querendo “brigar” com a banca. Normalmente, são candidatos que têm bom conhecimento, mas gastam suas forças querendo provar que a banca examinadora está errada, que as questões foram mal formuladas.

É possível até que tenham razão, mas a melhor conduta, no caso, é tentar entrar na lógica do examinador e marcar a resposta de acordo com o gabarito. Só isso levará à aprovação. Qualquer coisa diferente disso é vaidade infrutífera.

10) Falta de avaliação sobre o desempenho

O resultado de uma prova, mesmo quando não garante a aprovação, é muito importante para o projeto. Avaliar corretamente a pontuação, vendo em quais disciplinas você foi bem e em quais não foi – e o porquê –, oferece um rico indicador para a correção da estratégia.

Para muitos candidatos existe a ilusão de que acertar algo em torno de 50% e 60% é um bom resultado e que, com um pouco mais de estudo, a aprovação estará garantida. Na verdade, esse percentual de acerto é um resultado que se pode conseguir mesmo sem estudo algum, uma questão de probabilidade.

Ou seja, falta praticamente tudo. Não digo isso para desanimar o candidato, mas para que ele possa ter senso de realidade e construir metas concretas para atingir o objetivo desejado. Sem isso, a aprovação não chegará.

11) Descuido com pontos fracos

Seja antes do primeiro concurso ou após a prova, o candidato precisa cuidar dos pontos fracos. Não é necessário saber tudo de cada matéria, mas é ruim ficar vulnerável numa disciplina, porque há editais que exigem um mínimo por matéria isolada. Aí não haverá escapatória. E sempre é possível melhorar o desempenho numa disciplina, seja por meio de exercícios e resolução de provas anteriores.

Se a dificuldade ainda for de compreensão, vale estudar novamente a teoria desde o início com outro professor ou utilizando um novo material.

12) Abandono dos pontos fortes

Ao contrário do que muita gente pensa, se o candidato é muito bom em alguma matéria, não deve abandoná-la, porque o que era conhecido pode cair no esquecimento. É importante manter a excelência naquela disciplina e, se possível, ficar melhor ainda, para garantir um diferencial na hora da prova.

13) A um passo da vitória

Se você leu os itens anteriores com total isenção e chegou à conclusão de que está fazendo tudo certo, apenas por garantia observe se os seus resultados estão melhorando a cada concurso feito.

Se a resposta for positiva, ótimo. Siga adiante porque a aprovação deve estar a poucos passos.

Está com dificuldade de organizar os seus estudos? Precisa melhorar o seu rendimento e estudar com mais objetividade?

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29 Comentários

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É sempre mais fácil culpar "a banca", "o professor", o "carro de som que me atrapalhou na hora da prova".

O começo da aprovação começa com uma mudança de atitude: você é o único responsável! continuar lendo

Exatamente isso Victor. Há 8 anos eu pensava assim e não atingia nem 50% de uma prova. Hoje, graças a Deus, já acumulo 04 aprovações nos últimos 05 concursos, porém mudei totalmente minha vida para isso.
Muita força de vontade e abstinência das comodidades. continuar lendo

eu até q passo em concurso, MPU, TRF..., mas nunca sou nomeada. : ( continuar lendo

Então vocês está muito perto Fernanda! Pode ter certeza. continuar lendo

sério mesmo Qual Concurso? Nossa, eu me sinto uma fracassada às vezes... Estudo todos os dias, aí eu caio no choro, mas no outro dia volto a estudar, não vejo outro caminho. continuar lendo

Para ser aprovado e bem classificado em qualquer concurso, antes de tudo, deve-se tomar decisão firme e persistente de passar; abdicar de toda forma de entretenimento, como tv, festas, reuniões sociais, etc. Deve-se estudar pelo menos 8 horas diariamente (inclusive sábados, domingos e feriados), munir-se do melhor material de estudos e, se possível, fazer muitos exercícios de provas anteriores e procurar conhecer os "macetes" e as "pegadinhas" que existem em todos os concursos públicos. Eu, que nunca fui cdf, passei no segundo concurso do TRT que fiz, fui aprovado em todos os 7 vestibulares que fiz (4 do antigo Sesgranrio que eram muito difíceis) além de ter sido aprovado tranquilamente no Exame de Ordem logo após concluído o Curso de Direito. continuar lendo

8 horas todos os dias, inclusive fds? Cara, não é tão simples assim! Passar em concurso reúne vários requisitos, entre eles o balanceamento do tempo entre seus estudos e a vida social. Incluem-se nesse balanceamento algumas atividades de lazer em pelo menos um dia da semana! Meus estudos renderam muito mais quando em passava o domingo longe dos livros, dedicando um dia de descanso para me divertir, tomar minha cervejinha, namorar, etc. Não adianta se enfiar dentro de um cômodo 8 horas por dia estudando sem ver ninguém. Isso NÃO VAI FUNCIONAR! continuar lendo

Acho que o principal é ter foco. Só consegui ser aprovado em concurso quando estabeleci um objetivo claro e me concentrei na resolução de provas mais do que na simples leitura de conteúdos. O objetivo deve ser a aprovação dentro das vagas do edital. Poucos órgãos nomeiam além das vagas inicialmente divulgadas. continuar lendo