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20 de Abril de 2024

Escolaridade maior já não garante emprego e bom salário

Parcela da população com ensino superior completo aumenta, mas desemprego também ganha terreno entre a faixa etária em que normalmente as pessoas concluem a graduação.

há 7 anos

Escolaridade maior j no garante emprego e bom salrio

Mesmo as pessoas com mais estudo têm encontrado dificuldade para conseguir emprego, revela a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 2015, 13,6% da população tinha ensino superior completo, nível 0,4 ponto percentual maior em relação ao ano anterior. No entanto, a taxa de desemprego entre as pessoas com 18 a 24 anos — faixa etária em que muitos concluem a graduação — ficou em 21,3%, acima do observado em 2014.

O mesmo movimento aconteceu entre pessoas com ensino médio completo, que eram 26,4% da população. A taxa de desocupação entre jovens com 15 a 17 anos subiu para 32,5%.

Os números refletem uma realidade preocupante, na visão de especialistas: muitas pessoas estão concluindo a graduação sem perspectiva de emprego. Luana Ribeiro, 25 anos, faz parte do “exército” de diplomados que, devido à crise, não conseguem se inserir no mercado de trabalho. Formada em comunicação em dezembro de 2014, quando tinha 23 anos, até hoje ela não conseguiu uma vaga na área.

No fim de 2015, depois de um ano de procura, Luana resolveu aceitar uma função de nível médio, como atendente de telemarketing, na qual calcula ganhar 40% a menos do que se trabalhasse na área em que é diplomada. A situação é bem diferente da expectativa que tinha ao entrar na faculdade, em 2011. “Na época, os colegas que se formavam conseguiam trabalho facilmente. Por isso, achei que seria tranquilo, que eu já sairia empregada”, lembrou.

Quando concluiu o curso, quatro anos depois, a decepção veio não apenas para ela, mas para grande parte dos colegas. “Ninguém estava contratando. Pelo contrário, as empresas estavam demitindo.”

Limbo profissional

A consequência do desperdício de mão de obra qualificada é uma redução na produtividade do país, alertou o especialista em mercado de trabalho Rodolfo Peres Torelly, ex-diretor do Departamento de Emprego do Ministério do Trabalho. “Essas pessoas estão saindo da faculdade muito preparadas e poderiam influir fortemente na produtividade, que já é muito baixa no país.

Esse é, inclusive, um dos grandes problemas que enfrentamos hoje em dia”, afirmou. Ele descreve o cenário mostrado pelo IBGE como de “luto social”.

Fonte: CorreioBraziliense

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9 Comentários

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Nível superior completo não garante emprego, em grande parte, devido à péssima qualidade dos cursos de graduação. Uma parte considerável das instituições privadas de ensino superior do país são vendedoras de diplomas de graduação. Não há o menor rigor no ensino. E o que é pior, os alunos sabem disso. Inclusive optam por estudar nessas instituições exatamente pela falta de exigências. Portanto, não deveriam se surpreender por não conseguir emprego após concluir esses cursos. continuar lendo

Não é exatamente a falta de exigência. Quem tem dinheiro para pagar R$2.500 de mensalidade na PUC ou FGV?
As universidades públicas são, em maioria, para quem pôde pagar um bom colégio particular + um bom curso pré-vestibular.
Eu estudo em uma ótima universidade particular, mas que não tem o valor da PUC, mas que tem um enorme reconhecimento, mas nem todas as pessoas podem fazer o mesmo, ou têm um curso reconhecido de valor acessível. O Brasil é um país controverso. Pobre estuda na particular, rico estuda na pública. Não podemos exigir muita coisa quando o estado não oferece educação de qualidade.

Além do ensino, o mercado é competitivo, muita gente para a mesma oportunidade. Não é à toa que somos 12 milhões de desempregados. continuar lendo

Muitos comparam profissionais que não precisam de faculdade a profissionais que necessitam de curso superior, como dentistas, advogados, professores, engenheiros e outros. Para rebater as argumentações de que pedreiros, eletricistas , soldadores e tantos outros ganham mais, eu gosto da seguinte frase: "A caneta é mais leve do que a enxada". Já ouvi muita gente dizendo que técnico ganha mais do que engenheiro, mas acredito que seja muito bom exercer a atividade de sua formação, por exemplo, a de engenheiro em uma empresa, mesmo ganhando menos do que o técnico. Outra questão é que as carreiras de nível superior podem ter uma maior amplitude de evolução financeira ao longo dos anos. continuar lendo

Temos grandes exemplos, alguns deles se tornaram os homens mais ricos de seus tempos (Gates e Jobs) largaram seus cursos superiores para dedicar a vida na fundação de empresas que obtiveram grande exito, Sem duvida não foram os mais competentes nas suas áreas de formação, talvez seriam considerados medíocres para o mercado de trabalho em sus tempo. O ensino superior apenas é a unica esperança de estabilidade que a classe media possui, ou a unica oportunidade de ascensão social para as classes mais pobres da população, enquanto os verdadeiramente ricos permanecerão ricos independentemente da sua "capacidade intelectual" ou formação acadêmica (vide e Paris Hilton). A formação intelectual nunca .foi fator primordial na colocação no mercado; Podemos ver que muitos músicos com pouco conhecimento técnico se tornam celebridades enquanto verdadeiros talentos são desprezados e terminam a vida na pobreza, muitos pintores como Van Gogh morreram na absoluta miséria enquanto Romero Brito posa com Obama na casa branca. Roberto Carlos era aclamado no Brasil, enquanto Baden Powell so consegui sucesso na Europa, Nicola Tesla foi praticamente esquecido enquanto centenas de charlatões fizeram fortuna com as mais bizarras invenções... continuar lendo

No Brasil os problemas estão nas raízes. Tudo começa desde a péssima qualidade de ensino lá no primeiro ano de escola e vai até a faculdade, ninguém consegue se formar com qualidade, um bando de meio profissionais que possuem um diploma e só... Muitas vezes não sabem nem escrever. continuar lendo